A tradição dos “Maios”
Embora um pouco esquecida, a velha tradição dos “Maios” é recordada um pouco por todo o lado: nas casas de habitação; nas escolas; nas empresas; nas instituições e nos locais públicos.
As origens desta tradição remontam às festas pagãs da Roma antiga, em que o mês de Maio era celebrado como o mês em que se festejava a deusa Maia, considerada a deusa da fecundidade.
Em Portugal e nos Açores, esta tradição revelou-se com a festa dos “Maios”, assinalada no 1º de Maio – Dia do Trabalhador.
Ao longo dos tempos esta tradição surgiu como símbolo da chegada da Primavera, outros faziam os “Maios” para dar as boas vindas ao mês de Maio, numa espécie de apelo às boas colheitas. Acreditava-se, também, que a presença dos “Maios” era uma forma de agradar os espíritos.
Os “Maios” são bonecos, representando pessoas em cenas do quotidiano, colocados nas portas, varandas, quintais, jardins, ruas, largos, etc. Por vezes, são acompanhados de dizeres revestidos de humor, muitas vezes com sentido crítico.
Nos tempos antigos os materiais utilizados para a construção destes bonecos eram basicamente “coisas velhas”, guardadas para uma qualquer finalidade. Depois de construídos, e após a passagem do dia comemorativo, os bonecos eram desfeitos e os seus materiais eram de novo guardados para outra necessidade. Nada era colocado no lixo.
Actualmente, não se poderá dizer que todos os materiais utilizados, na construção dos “Maios” sejam biodegradáveis, mas grande parte assim o é.
Antigamente, poderíamos afirmá-lo com maior certeza, pois nos dias que correm já se utilizam, por exemplo, as almofadas, que no seu interior poderão ter materiais sintéticos mais resistentes à biodegradabilidade.
Durante séculos, produzíamos basicamente alimentos que facilmente se decompunham e os bens, quase sempre duradouros, eram à base de matérias – primas naturais como a madeira, o couro, a lã, e o algodão. Os resíduos eram inertes ou facilmente degradáveis, não constituindo problema.
Tudo era passível de ser reutilizado, não podendo, no entanto, afirmar-se que antigamente as pessoas eram possuidoras de uma “consciência ecológica” mais apurada do que as de hoje.
Porém, uma coisa é certa, os padrões de consumo e de produção eram menores e as pessoas reutilizavam quase tudo… quem sabe apenas por uma questão de atitude.
Na sequência das edições anteriores e visando enfatizar a necessidade da aplicação prática da política dos 3 R’s, a Ecoteca de Ponta Delgada promove a 5ª edição do concurso “Um Maio para o Ambiente”.
Público-alvo: Todos os estabelecimentos educacionais do Concelho de Ponta Delgada e de Lagoa da Ilha de S.Miguel.
Regulamento
1. Cada estabelecimento participante pode apresentar apenas um trabalho, alusivo à Tradição dos “Maios”;
2. Os trabalhos aceites a concurso deverão ser concretizados, exclusivamente, a partir de materiais reutilizados e/ou reciclados;
3. A inscrição deverá ser feita através de ofício e ficha de inscrição enviados por correio/fax, até ao dia 30 de Abril, para o seguinte endereço:
Ecoteca de Ponta Delgada
Quinta de São Gonçalo
Rua de São Gonçalo
9504-540 Ponta Delgada
Tel/Fax: 296654620
4. O Júri será constituído pelos seguintes elementos:
v Um representante da Ecoteca de Ponta Delgada;
v Um representante da Associação Ecológica - Amigos dos Açores;
v Um representante dos Serviços de Ambiente de S. Miguel.
5. Os elementos do júri deslocar-se-ão, durante a primeira semana de Maio, aos vários estabelecimentos inscritos;
6. Das decisões do júri não haverá qualquer tipo de recurso;
7. Haverá certificados para todos os estabelecimentos participantes e prémios para o 1º, 2º e 3º lugares;
8. Os prémios serão compostos por material didáctico e lúdico no âmbito da Educação Ambiental;
9. A entrega dos prémios realizar-se-á durante o mês de Junho, em data, hora e local a combinar com os premiados;
10. O material fotográfico obtido será pertença das entidades promotoras;
11. Qualquer esclarecimento poderá ser feito através dos seguintes contactos:
Ecoteca Ponta Delgada – 296 654 620
ecoteca.pontadelgada@azores.gov.pt
